Quando falamos em futuro, inovações muito excêntricas nos vem em mente e, enquanto isso, essas ideias parecem quase impossíveis de se tornarem aplicáveis e habituais aos produtos que usamos no dia-a-dia.
Ao estudar o ciclo das tendências de inovação fica mais fácil compreender que quando algo muito inovador surge ele precisa de tempo para ser compreendido, diluído e incorporado ao cotidiano. Não é imediato.
Se pensarmos em insumos do futuro podemos lembrar de alguns exemplos de tecidos como os que possuem tecnologia repelente, anti viral, anti odor, com regulação térmica, além dos tecidos com infravermelho que ajudam na circulação sanguínea. Todos eles já pareceram muito distantes da realidade, porém, com a necessidade do seu uso no cotidiano foram explorados e hoje temos facilidade em encontrá-los.
Para te deixar por dentro das novidades que estão surgindo e que daqui a pouco podem estar chegando no mercado, observamos os desfiles internacionais e vídeos virais com inovações interessantes que estão se destacando. Listamos 4 insumos do futuro que você precisa conhecer:
1-Tecido que muda de cor quando exposto à luz solar.
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No fim de outubro, a influencer de moda americana Izzi Poopi postou um vídeo nas redes sociais mostrando seu vestido da marca PH5 que muda de cor no sol. O vídeo que viralizou, já tem mais de 24 milhões de visualizações e 1.6 milhões de curtidas.
Apesar da tecnologia UV reactive (reativo aos raios UV) já ter sido anunciada há alguns anos, a PH5 é uma das poucas marcas que oferecem um produto inteiro com o efeito tecnológico, e não apenas alguns detalhes da peça. Ano passado, a Nike utilizou das tintas fotocrómicas com a mesma tecnologia para criar esse efeito no modelo do tênis Air Force 1 (o Air force UV).
Essa tecnologia está presente no fio dos tecidos, ou em tintas que podem ser aplicadas em diferentes superfícies, elas reagem à exposição de raios UV e mudam de cor em segundos. Para as roupas, a única instrução de preservação do produto é sempre lavar a peça à seco.
2- Peças que captam e geram energia solar.
Sun Powered Textile- Projeto da universidade Aalto.
Carregar seu smartphone ou outros dispositivos com energia solar coletada pela sua jaqueta. Esse é o resumo do projeto que a universidade de Aalto apresentou no ano passado.
Utilizando a tecnologia fotovoltaica, eles tiveram como objetivo criar um “produto autônomo de energia capaz de alimentar dispositivos vestíveis – como sensores que medem umidade ou temperatura – sem interromper a aparência de uma peça de roupa. ” Para isso, eles utilizaram painéis solares super flexíveis e a equipe ajustou a estrutura têxtil, densidade, cor e tratamentos de acabamento para permitir o máximo de luz possível.
Segundo eles, basicamente qualquer fibra – incluindo algodão, linho, viscose, poliéster, poliamida – pode ser tecida no tecido, desde que suas propriedades ópticas sejam otimizadas. O resultado foram peças tecnológicas e super úteis sem comprometer a estética ou a usabilidade das peças.
3- Plantas vivas cultivadas no tecido.
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“A fusão do orgânico com o fabricado” foi a descrição do designer da Loewe, Jonathan Anderson a respeito das peças excêntricas apresentadas nos desfiles de S/S ’23. A grife que faz parte do grupo LVMH desfilou jaquetas, calças e tênis com plantas vivas cultivadas no tecido. “A ideia é que com o tempo as peças se fundam com a natureza”, completou Anderson.
O trabalho foi desenvolvido pela biodesigner espanhola Paula Ulargui Escalona, e contava com sementes de chia e erva de gato. Conforme entrevista dada para a Vogue: Assim como Anderson, Ulargui Escalona vê a incorporação de plantas às roupas como uma forma de abrir a conversa sobre a relação da moda com a natureza. “Meu objetivo quando iniciei este projeto foi ressaltar como é hora de se reconectar com a natureza, cuidar dela e entender de verdade que a moda tem que ser mais sustentável”, diz ela.
A grife não irá comercializar as peças agora, mas pensa em futuramente disponibilizar os artigos acompanhados das sementes para que as plantas sejam cultivadas nos produtos pelos compradores. Com apelo conceitual e estético, a inovação dos produtos aposta em uma ressignificação do produto de moda sustentável. As peças de alta moda podem se tornar jardins particulares móveis.
A Elle descreveu a ideia com precisão: “Em tempos de corrida digital, fuga da realidade e a criação de um mundo e uma vida virtual, a ação e parceria, ainda que comercialmente inviável, traz questões importantes – e também possibilidades para um futuro não muito distante.”
4-Tecido Pulverizável
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A inovação mais recente impactou a semana de moda de Paris na temporada de Spring/Summer 2023. A Coperni levou à passarela a super modelo Bella Haddid, que teve um vestido pintado em seu corpo ao vivo. O vestido apesar de vir de um frasco de spray e parecer com tinta líquida, é na verdade uma tecnologia que já existe a mais de 20 anos: o tecido pulverizável.
Esse tecido conforme descreveu a revista Exame: “É um líquido que contém algodão ou fibras sintéticas junto com uma solução pomérica, que evapora ao entrar em contato com a pele. Assim, a mistura líquida dentro da garrafa fica sólida ao tocar o corpo da modelo, por isso o nome “tecido pulverizável”.
Apesar da peça não poder ser comercializada, surpreendeu a todos pela sua excentricidade. “É nosso dever como designers tentar coisas novas e mostrar um futuro possível”, disse o diretor criativo da Coperni, Sébastien Meyer, à Vogue Business.
Moda e tecnologia andam juntas pois ambas dependem de inovação para se manterem relevantes. Acompanhar o que há de mais novo nas duas áreas é importante para criar uma moda autêntica e original.
Para levar tecnologia para o setor de desenvolvimento de produto, você não precisa começar a cultivar um jardim nas novas peças, ou engarrafar o novo tecido, basta conhecer o Coleção.Moda e ter acesso à uma série de ferramentas tecnológicas que facilitam a rotina dos designers deixando mais tempo livre para a pesquisa e execução das novas ideias.
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